Assista à aula Aleijadinho, o fim de um mito, com Magnólia Costa

Aleijadinho é um herói do Brasil. Ele ainda é visto como o único autor do patrimônio colonial mineiro. O mito Aleijadinho foi criado pelo escritor Rodrigo Ferreira Bretas, que conquistou prestígio no Instituto Histórico e Geográfico 1858 com uma biografia fantasiosa de Antônio Francisco Lisboa, escrita 40 anos depois de sua morte. Por mais de cem anos, essa obra foi considerada uma fonte fidedigna sobre o artista cuja obra provavelmente exigiria mais de 20 vidas para ser executada.

Diversos pensadores questionaram o mito do Aleijadinho, entre eles Mario de Andrade. Pesquisas recentes como as de Guiomar de Grammont e Alexandre Mascarenhas evidenciam que a produção artística colonial continua desconhecida do público. Isso perpetua a existência de ideias equivocadas sobre o legado cultural e também sobre o papel de Antônio Francisco Lisboa na construção dele.

Nesta aula, Magnólia Costa mostra que a arte produzida no Brasil colônia segue as diretrizes do sistema corporativo sediado em Portugal. Ela fala sobre o cenário socioeconômico de Vila Rica, uma das maiores e mais prósperas cidades do mundo no século 18. Discute também como a perpetuação do mito apaga uma realidade formada por numerosos mestres construtores, escultores, entalhadores e pintores. A cultura é feita de pessoas anônimas, não de mitos.

A aula aberta Aleijadinho, o fim de um mito foi realizada graças ao patrocínio do Proac, programa da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo.


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Conheça Magnólia Costa

Em quase 30 anos de ensino, Magnólia Costa formou um amplo repertório de temas. Além de arte europeia, ensina crítica de arte e cultura brasileira, cobrindo um arco histórico que vai do século 15 à contemporaneidade. Entre suas pesquisas atuais, destacam-se a arte relacional, as conexões entre arte e ecologia, a arte produzida por mulheres e sua presença nas instituições artísticas.

Doutora em Filosofia pela Universidade de São Paulo, a professora Magnólia é crítica de arte, curadora, ensaísta e tradutora,

Lecionou no Museu de Arte Moderna de São Paulo entre 2001 e 2021, onde chefiou o Setor de Pesquisa e Publicações (2008-10) e foi diretora de Relações Institucionais (2011-8).

Seu livro mais recente é Nicolas Poussin: Ideia da paisagem, publicado pela Edusp em 2020 e agraciado com o prestigioso Prêmio ABEU de melhor livro de Linguística, Letras e Artes.

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